quarta-feira, 31 de março de 2010

Servidores ocupam a ALE e declaram greve; categoria teve o reforço dos policiais que prometem
aquartelamento dia 7 de abril

Olívia de Cássia – jornalista
(Texto e fotos)

Os servidores da Assembleia Legislativa ocuparam o prédio da Casa de Tavares Bastos no fim da tarde de ontem e impediram que houvesse sessão no primeiro dia da semana para os trabalhos legislativos. No começo da manifestação os ânimos estavam exaltados e houve servidor que tentou forçar a porta da ALE par entrar, em seguida as portas foram abertas e eles tentaram invadir o plenário quando foram impedidos pela segurança da ALE.
A categoria promete radicalizar, na próxima segunda-feira, 5 de abril, caso não haja a incorporação dos quinquênios e do Plano de Cargos e Carreiras dos Servidores (PCCS), esperado há 21 anos, como tinha ficado acordado anteriormente com a Mesa Diretora.
Depois de momentos de tensão uma comissão, junto com o presidente do sindicato, foi recebida pelo presidente Fernando Toledo (PSDB), mais alguns deputados, mas a presença da imprensa na reunião não foi permitida e os jornalistas ficaram aguardando na ante-sala da presidência.
O que foi conversado entre eles parece que não agradou muito ao presidente do Sindicato da categoria, Ernandi Malta, que quando saiu da sala da presidência deu mais declarações à imprensa, inconformado com o que ele chama de falta de compromisso com os trabalhadores do Poder Legislativo, quando não incorporou, já no salário pago nesta terça-feira, 30, o retroativo de janeiro e fevereiro, nem os quinquênios.
A entidade dos servidores da ALE reclama da falta de respeito da Mesa Diretora e, antes de ser recebido pelo deputado Fernando Toledo, Ernandi Malta se queixou do primeiro secretário, deputado Jota Cavalcante (PDT) que segundo ele “desdenha dos servidores”.
No final da reunião o presidente da Assembleia, Fernando Toledo, recebeu a imprensa para dar sua versão aos fatos. Os deputados, que até aquele momento o acompanhavam durante a reunião com os servidores, deixaram a sala por uma porta lateral e não se pronunciaram.
Toledo observou na coletiva à imprensa que está com o firme propósito de fazer a implantação desse PCCS e disse que não há descumprimento da lei, como acusa o sindicato. Ele garantiu que o enquadramento funcional já está sendo feito, mas segundo ele, existem situações diferenciadas em relação à vida funcional de cada um dos servidores.
O presidente da Casa de Tavares Bastos destacou que o que existiu foram dificuldades técnicas, e que a implantação de alguns casos foi feita, e que não restava nenhuma dúvida, mas que outros “são nebulosos”. “A situação funcional dos servidores dessa Casa é muito conturbada”, afirmou.
Comenta-se nos bastidores da Casa que há servidores que só chegam no local nos dias de pagamento ou de mobilização do Sindicato e isso estaria atrapalhando a implantação desse Plano de Cargos.
AQUARTALEMANETO
No começo da noite os servidores da ALE tiveram o reforço dos policiais que reclamam da falta de compromisso do governador Teotonio Vilela (PSDB) com a categoria. Foram feitos vários discursos inflamados e o presidente da Associação dos Cabos e Soldados, Wagner Simas, disse que no próximo dia 7 de abril haverá um aquartelamento e que vai haver uma assembleia da categoria em frente à Casa de Tavares Bastos, quando eles, mais uma vez, vão se juntar aos servidores da Casa.

terça-feira, 30 de março de 2010

Servidores da Assembleia anunciam paralisação para hoje

Olívia de Cássia - jornalista

Inconformados com o que dizem ser a falta de compromisso com a categoria, os servidores da Assembleia Legislativa anunciam uma paralisação para hoje, a partir da uma hora da tarde.
Eles reclamam que apesar do que a Mesa Diretora divulgou não foi liberado o reajuste, quinquênios, vantagens que foram garantidas com a aprovação do Plano de Cargos e Carreiras pelos deputados, desde o ano passado.
O salário dos servidores da Casa de Tavares Bastos foi liberado hoje, mas com o mesmo valor dos meses anteriores e eles prometem que vão fechar as portas do palácio da Praça Pedro II, no Centro de Maceió, até que a lei seja cumprida e os deputados liberem o que eles têm de direito para receber.

domingo, 28 de março de 2010



Zumbi: Mito e Realidade

Olívia de Cássia – jornalista
(Texto e fotos)

Para a maioria do povo afro, dos movimentos sociais e do movimento negro mundial, incontestavelmente, a figura do líder negro Zumbi dos Palmares, o herói que formou um exército de mais de 30 mil homens na Serra da Barriga, a cinco quilômetros da cidade de União dos Palmares, é o principal símbolo de resistência e liberdade do país.
Mas para os moradores da Serra, diferente do que diz a história, Zumbi não simboliza isso. Foi o que constatou a professora Rosa Lúcia Correia, relações públicas e professora da Faculdade Integrada Tiradentes - Fits.
Rosa Lúcia Correia ensina nos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda da Fits, em Maceió e fez sua dissertação de mestrado com a temática Zumbi dos Palmares e a Serra da Barriga”. No trabalho, a professora Rosa aborda a influência do mito de Zumbi na manutenção do território da Serra da Barriga.
Para colher dados que substanciasse seu texto, ela fez seu trabalho de campo no local, durante dois anos e meio, e diz que dormia no posto da guarda, no período de 2002 a 2005. Rosa conta que entrevistou todos os moradores da área tombada pelo governo federal e algumas famílias fora desse trecho, para entender a percepção que eles têm do mito de Zumbi na vida deles.
“Foi possível perceber que a maioria vive na miséria e na época do meu trabalho de campo estavam fora dos projetos do governo, depois que saí de lá foi que começaram a fazer parte desses projetos”, observa a professora.
Ela diz que desde que esses sitiantes “perderam e foi diminuída a área de plantação deles e houve um conflito com os grandes proprietários, com o governo municipal e com o governo federal, que hoje administra a Serra”, observa a professora.
Rosa destaca que no entendimento dos moradores da área tombada pelo governo federal, Zumbi foi o culpado de eles terem perdido a área de plantação. “No entendimento desses moradores a história de Zumbi foi uma invenção e em nome de uma história de liberdade se privou a liberdade deles”, diz ela.
Segundo a professora, a única diferença de discurso é dos mais novos, pois eles não acham Zumbi ruim, porque em época de festas na serra eles ganham algum trocado vendendo comida ou bebida, “mas os mais velhos consideram uma invasão de privacidade na serra, na sua área de plantação”, explica.
Outra reclamação dos moradores da Serra da Barriga, segundo a professora Rosa, é que em época da festa do Dia da Consciência Negra há depredação na sua plantação.
Este ano a professora Rosa finaliza sua tese de doutorado e abordará outra vertente do seu estudo de caso: ela diz que de vez em quando volta à Serra da Barriga e abordará em sua tese de doutorado, “Como a história de Zumbi dos Palmares se transformou num mito nacional de matriz afro-brasileira”, finaliza.

sábado, 27 de março de 2010

ENQUETE
Em quem você vota para o Senado nas próximas eleições?
Na enquete realiza pelo blog, Heloísa Helena e Pinto de Luna empataram com seis votos, equivalente a 46% dos votos. Renan Calheiros e José Costa também empataram com um voto, correspondente a 7%.
Me deu saudade do tempo

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira ©

Me deu saudade do tempo ...
Do tempo em que
Todos nós estávamos juntos,
Em busca de um mesmo ideal...
Tempo de arte, tempo de sol,
Tempo de vida.

Tenho saudade de mim,
Saudade da vida,
Saudade de mim.

Onde está aquela
Menina que sonhava tanto
E que aos poucos foi acordando...
E descobrindo o mundo?

Onde está aquela menina
Que vivia em busca de dias melhores?
Em busca da vida, da poesia, do amor?
Onde está aquela menina?
Menina ingênua, que amava e sofria...

sexta-feira, 26 de março de 2010

A Semana

Olívia de Cássia – jornalista

Está circulando na cidade o novo informativo semanal de Maceió. É o jornal A Semana,que tem como editor geral o jornalista Gabriel Mousinho. A Semana tem design moderno e profissionais competentes como os jornalistas Kelmenn Freitas, Gustavo Moura, Elen Oliveira, Waldson Costa e Roberto Amorim. O informativo tem formato tablóide inglês e vai circular toda quinta-feira.
Difícil viver...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira ©

Difícil dizer o que se
Passa no meu coração.
São sentimentos contrários
Que se misturam
E se juntam num emaranhado
De intrincadas descobertas e tramas.
De um mundo que se torna
Muitas vezes imperceptível,
Cheio de situações equivocadas,
Traições, contradições,
Evocações se misturando ao medo,
Ao anseio e à saudade.
Viver não é difícil.
Difícil é conviver com ideais,
Com contradições.
Tem horas que eu penso
Que não vou conseguir
E acho que vou desistir de tudo.
Mas em seguida
Uma força interior me domina
E me diz que preciso reagir...
Para seguir em frente,
Firme e forte,
Sem ter medo da vida,
Sem ter medo da morte
Ou da sorte,
Sem traumas
E sem ressentimentos.

Saudade

 Saudade, Oliva de Cássia Correia de Cerqueira  Palavra que só  existe No dicionário de português  Saudade é palavra triste,  sinônimo de no...