Olívia de
Cássia – jornalista
Na próxima
terça-feira, 8, comemora-se o Dia Internacional da Mulher; uma data de reflexão
para o movimento feminino e todos os que lutam por uma sociedade mais justa e
mais fraterna. Dia de comemoração de nossas lutas e conquistas, resistência e
enfrentamento.
A data foi concebida
oficialmente para homenagear as tecelãs da Fábrica Cotton, de Nova York, que
foram queimadas vivas dentro da fábrica por reivindicarem diminuição da jornada
de trabalho e outras demandas.
Uma data
especial celebrando a luta de resistência da mulher proletária, da mulher das
classes oprimidas e exploradas em todo o mundo, que foi proposta por Clara Zetkin — dirigente do
Partido Comunista da Alemanha e da Internacional — na Conferência de Mulheres
Socialistas realizada em Copenhague (Dinamarca) em 1910.
Segundo os dados históricos, a Conferência tratava da luta ideológica e política do proletariado e das demais classes oprimidas e exploradas no caminho da revolução socialista e, de maneira particular, da importância da participação massiva das mulheres proletárias nesta luta.
Segundo os dados históricos, a Conferência tratava da luta ideológica e política do proletariado e das demais classes oprimidas e exploradas no caminho da revolução socialista e, de maneira particular, da importância da participação massiva das mulheres proletárias nesta luta.
“A proposta
de criação de um dia especial a ser celebrado internacionalmente, portanto,
representava o crescimento da luta operária e do povo em todo o mundo e a
crescente presença da mulher nesta luta naquele momento”, observam os
historiadores.
Desta forma, o Dia Internacional da Mulher Proletária foi idealizado e votado pelas militantes do movimento feminino popular e revolucionário a partir da concepção revolucionária da luta pela emancipação feminina.
Desta forma, o Dia Internacional da Mulher Proletária foi idealizado e votado pelas militantes do movimento feminino popular e revolucionário a partir da concepção revolucionária da luta pela emancipação feminina.
Ou seja, que
a libertação da mulher só é possível com a libertação de toda sua classe, e que
esta libertação é obra das próprias mulheres das classes oprimidas e não uma
concessão das classes opressoras.
Desde
meados do século XIX, os operários organizavam greves para pressionar os
proprietários das indústrias, principalmente as têxteis. Em terras americanas
foi registrado o primeiro Dia da Mulher, em 3 de maio de 1908.
Segundo o
jornal The Socialist Woman, “1.500 mulheres aderiram às reivindicações por
igualdade econômica e política no dia consagrado à causa das trabalhadoras”.
No ano seguinte, a data foi oficializada pelo partido socialista e comemorada
em 28 de fevereiro. Em Nova York, reuniu cerca de três mil pessoas em pleno
centro da cidade, na ilha de Manhattan.
Resguardados
os dados históricos, de fundamental importância para que se entenda o tema, é
preciso que se reflita o nosso papel na sociedade nos dias atuais. As
mulheres conquistaram grandes feitos.
Alcançamos
o mercado de trabalho, a nossa independência financeira, mas ainda nos
submetemos a jornadas extenuantes para garantir a nossa sobrevivência, pois a
maioria de nós ainda recebe salários inferiores aos dos homens que ocupam os
mesmos postos de trabalho.
Ano passado,
quando das atividades das comemorações do 8 de março, Rebeca Campos Ferreira, em texto divulgado na internet comentou que temos
que comemorar a data em si, mas para além das comemorações, a luta não
deve ser em um dia específico do calendário, e sim todos os dias.
E ela
lembra que o comércio invadiu a data, “o que acaba por negligenciar o motivo
da comemoração. Às vezes nem aquele que parabeniza sabe, e nem aquela que
recebe os parabéns. O 8 de março não é um dia qualquer para sair
parabenizando toda mulher por ser mulher: é muito mais que isso, é um marco
da luta das mulheres”, observou.
Que todas
as companheiras e companheiros despertem para o verdadeiro sentido das nossas
lutas e sonhos. Fica a reflexão. Fiquem com Deus!
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