domingo, 1 de agosto de 2021

Minha indignação

 Olívia de Cássia C. de Cerqueira.

 

Chove por aqui.  Dentro de casa o barulho é quebrado pelos latidos de Juca, querendo a Malala que está no cio. A máquina de lavar silenciou, indicando que terminou a lavagem da roupa. É hora de estender os panos.

Já não consigo utilizar o teclado do computador, com a velocidade de antes. A Ataxia está minando aos poucos as minhas capacidades, com sintomas vários a cada dia, levando a minha coordenação e  minhas feições de antes.

Me olho no espelho e quase não reconheço mais a menina que fui. A velhice e a herança neurológica, estão levando isso também. Espero que não me levem a consciência e a minha capacidade de pensar.

Os bem-te-vis cantam alegre lá fora e os saguins assoviam, entoando uma canção que só eles entendem. Sem muito o que fazer, ou melhor, com leituras para adiantar, um monte de palavras cruzadas para fazer e filmes para ver no Netiflix, deu vontade de escrever após o almoço.

Se não fossem os dias tumultuados que o país está vivendo, com quase 600 mil mortes, que poderiam ter sido minimizadas se as vacinas não tivessem chegado com retardo; se não fosse o desgoverno desse incompetente que está no poder com sua corja, eu diria que estou em paz comigo mesma.

Mas eu não consigo ficar calada com tanto despreparo, incompetência e maldades, indignação qu exponho todos os dias nas redes sociais que são as únicas ferramentas que disponho, para escrever sobre o desgaste disso tudo que está posto. E não me venham destratar quem pensa o contrário e quem ainda defende o verme.

Vou seguindo com o meu protesto, já que não tenho condições de ir pras ruas, pelos motivos que todos sabem. Sigo perseguindo um mundo melhor e mais justo e por uma sociedade mais igualitária. Até logo!..

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