sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Ainda tenho esperança

Por Olívia de Cássia Cerqueira

O dia amanheceu com mais uma promessa de vida. É sexta-feira, dia de alegria, como todos devem ser: de agradecimento e positividade, apesar de tudo.

Fazia dias que eu não me animava para escrever sobre a vida. Confesso que por preguiça e por falta de inspiração. O raciocínio já não funciona como antes e em alguns momentos está lento.

Mas temos que ter tolerância. Estou procurando não me acomodar e voltar a ler com mais frequência. Agora ocupo meu tempo pesquisando sobre fotografia na internet, minha outra paixão.

Minha wibe agora é outra. Não tenho mais ansiedade como tinha antes, para saber se estava agradando a um e a outro. Não importa isso agora. O que importa é viver o que ainda posso.

Pena que essa liberdade de ação e melhoria de vida tenham vindo por problema de saúde e já em idade avançada. Lá fora o mar azul esconde segredos inconfessáveis. Como é misterioso o mar!

A gente fica se perguntando qual o mistério das ondas, das marés sumirem e voltarem, sem que a gente saiba, pelo menos eu, para onde vai tanta imensidão.

As gaivotas ainda teimam em ir e vir, apesar da poluição, feito as andorinhas da minha terra: elas sempre voltam.

Quando a gente era criança, costumava catar conchas e tudo o que achava de interessante, na linda e querida Praia da Avenida, quando vinha de União e meu tio José Antônio nos levava para o mar. Não tínhamos consciência da diversidade de vida naquele local.

Que lembranças saudáveis a gente tem da infância distante! Como é bom sentir que a gente viveu coisas boas e salutares, também.
A vida é cheia de muitos mistérios e armadilhas, mas é bela e devemos agradecer por ter vivido até aqui e poder falar de memórias da infância e juventude, de um tempo em que havia mais amor e as amizades eram mais ingênuas.

As lembranças me levam até a minha querida União dos Palmares, onde tenho todas as minhas referências, apesar da mudança que tem passado.
Ali está toda a memória afetiva, que ficou só na minha saudosa e ainda viva memória, depois que a natureza se revoltou e o Mundaú levou toda a minha querida Rua da Ponte. A rua da infância. Onde nasci e morei durante nove anos.

Lembro com muita saudade de tudo, apesar de ter sido tão arisca, rebelde e parecia um bicho do mato, apesar das leituras da adolescência e de ter tantos amigos, desde aquele tempo.

Com o passar dos anos a gente vai aprendendo, mesmo que esse aprendizado nos custe a frescura da juventude: mas ainda tenho esperança! Bom dia.

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