terça-feira, 21 de novembro de 2023

Violência que se repete

 

Olívia de Cássia Cerqueira

 

Todos os dias assistimos no noticiário relatos de violência que se repete contra mulheres: seja por companheiros insatisfeitos com o fim do relacionamento, ou por relacionamentos tóxicos.

Sob diversas formas e intensidades, a violência doméstica e familiar contra as mulheres é recorrente e presente no mundo todo, motivando crimes hediondos e graves violações de direitos humanos.

A violência contra mulheres constitui-se em uma das principais formas de violação dos seus direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e à integridade física.

O termo “Violência contra a mulher” resume diversos tipos de violência que acontecem sistematicamente no Brasil e no mundo por questões de gênero. Ou seja, mulheres agredidas porque são mulheres.

Essas agressões não se limitam apenas ao ato físico, mas a atos lesivos que resultem em danos psicológicos, emocionais, patrimoniais, financeiros, entre outros”.

Em Alagoas esse desrespeito aos direitos humanos não é diferente. Segundo dados do Mapa de violência, 99% das mulheres que foram assassinadas em Alagoas no ano de 2019 eram negras.

Apenas uma entre todas as vítimas de homicídio feminino naquele ano não tinha identificação de cor/raça. Foram 89 homicídios de negras e 1 sem cor/raça definida.

O levantamento escancara uma dura realidade: as mulheres negras estão em maior situação de vulnerabilidade social. Mas se formos atualizar esse estudo essa situação se agravou ainda mais nos últimos anos. Tiveram o encorajamento da Lei Maria da Penha que agora pune com mais rigor os agressores.

É recorrente os casos denunciados, sem contar os que ainda são omitidos, por medo, por vergonha ou por dependência financeira.

O estudo recomenda que as políticas públicas para o enfrentamento das altas taxas de violência contra a mulher "não pode prescindir de um olhar sobre o racismo e a discriminação e como estes fatores afetam desigualmente as mulheres".


 (Com informações dos sites: https://www.naosecale.ms.gov.br/violencia-contra-a-mulher/

https://www.fundobrasil.org.br/blog/violencia-contra-a-mulher-como-identificar-e-combater/

https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/violencia-contra-a-mulher/formas-de-violencia-contra-a-mulher/

https://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2021/08/31/99percent-das-mulheres-assinadas-em-alagoas-em-2019-eram-negras-revela-o-atlas-da-violencia.ghtml )

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Palavras da autora

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