Olivia de Cerqueira
Começo o dia
introspectiva e cheia de interrogações. Penso em passeios e em coisas que eu
ainda poderia fazer sozinha e que não posso mais. Passeios culturais,
exposições fotográficas, shows, fotografar, entre outras atividades.
Antes,
quando eu tinha mais equilíbrio ia à praia do Francês sozinha. Tinha
independência de ficar no local o tempo que quisesse. Tomar minha geladinha e
depois vir embora. Hoje eu não posso mais: nem uma coisa, nem outra.
Mas apesar
disso, não reclamo. Acordo agradecendo os livramentos que tenho tido e os
amigos que têm me ajudado a ter mais qualidade de vida, apesar das quedas semanais: duas por semana.
Mas tem horas que dá uma angústia no peito,
sem saber de onde vem. O sol já vai alto às primeiras horas da manhã. Os pets
se assanham, pedindo atenção. Não gostam quando estou no computador,
concentrada.
Fiona,
mistura de siamês com vira-lata, se deita tomando banho. É o local predileto
dela: dormir atrás, ou em cima do notebook. Aos meus pés, Juca e Kely (pinches)
fazem brincadeiras, enquanto teclo meu texto.
O que fazer, a não ser as pequenas tarefas diárias: minhas leituras, palavras cruzadas, ver novelas e séries, quando o sono não vem? São perguntas que faço diariamente, ao mesmo tempo fazendo orações e agradecendo aos seres de luz por ainda, permitirem isso. Gratidão!
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