segunda-feira, 13 de novembro de 2023

As lembranças que surgem


Olívia de Cássia Cerqueira

 

Já se passaram tantos anos daquela fase incompreendida, radical e rebelde, ao mesmo tempo de doces lembranças e carência afetiva, que me levaram a erros próprios da idade e muitos sonhos, acalentados pela ingenuidade daqueles anos.

Hoje em dia se resolve muitos desses problemas com encaminhamento a especialistas: psiquiatras ou psicólogos. E percebo que se naquela época tivesse sido analisada por algum especialista, oxalá não tivesse cometido tantos erros.

Nos anos 70 e 80 do século passado vivi a minha adolescência e juventude. A turma jovem brasileira pregava a paz e o amor; em União dos Palmares a gente vivia o auge das discotecas, queríamos aproveitar os finais de semana indo a esses lugares, de sexta a domingo, no meu caso com a repreensão dos meus  pais. Ainda gosto da boa música, rock e queria sempre estar com os amigos.

 No site https://www.psitto.com.br/blog/, há um artigo que define o acima exposto “A carência afetiva é um problema emocional complexo. A pessoa carente raramente consegue o que deseja (o afeto) de maneira apropriada.

 E diz ainda o texto que a carência em excesso pode ser perigosa. Hoje entendo que a maioria das situações vividas poderiam ter sido evitadas. A gente chega a se sentir dependente do outro ou de outras pessoas para ser feliz.

Feliz ou infelizmente, o tempo passa e tudo muda. Passamos por outras situações que nos fazem desviar a atenção para outras paisagens.  Envelhecemos. Vamos analisando cada vivência com outros olhos. Ainda bem.

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Palavras da autora

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