sexta-feira, 24 de março de 2023

Revisitando

 


Olívia de Cerqueira

 

Relutei muito para requerer a minha aposentadoria especial, mas com a evolução da Ataxia, os amigos me aconselhavam a fazê-lo e fui percebendo que era chegada a hora de me afastar do batente.

Não foi fácil requerer me afastar do jornalismo, justo quando estava em uma fase mais realizada da profissão: a reportagem. Antes eu fui revisora de textos, função espinhosa.

Publiquei meu primeiro livro, em 2018, um ano depois de aposentada, com ajuda de amigos, por meio de uma vaquinha eletrônica, a quem tenho gratidão, sempre.

Foi escrito em 2014, em pleno processo de depressão, mas eu o modificava e acrescentava alguma passagem, sempre que abria o arquivo.

 A jornalista e amiga de infância Eliane Aquino fez a apresentação. As modificações que fiz não afetaram minhas histórias, foi só uma questão de aprimoramento dos textos.

É autobiográfico, onde revivo histórias desde a minha infância, até a separação. Foi a melhor terapia que fiz. De lá para cá, publiquei mais dois Livros, em plena pandemia.

O segundo, de poesias feitas a maioria na adolescência. Palavra sem Nexo foi editado em 2020, revisado e comentado pela poeta viçosense Merandolina Pereira de Melo.

O terceiro, Cheiro de Memórias, em 2021, revisado e prefaciado pela amiga, também jornalista, Fátima Almeida, em comemoração (embora não tenha feito algum evento), aos dez anos do meu blog. Os três livros foram publicados pela editora CBA.

Desde então os textos minguaram. Eu também tinha uma coluna na página de Opinião, onde publicava artigos aos domingos, fazia algumas reportagens no site Primeiro Momento, que me dava satisfação.

 

 

sábado, 18 de março de 2023

Refletindo

Olívia de Cássia Cerqueira

 

Começo o dia bem cedo, agradecendo a Deus e às entidades de luz pela concessão de poder abrir os olhos, levantar e seguir com minha rotina diária.

As dores no corpo insistem em me importunar, mas por enquanto vou insistindo, lutando e querendo viver muito mais.

Já não faço as mesmas coisas de antes. Reflito sobre meus erros. Claro que com o tempo muita coisa vai se transformando em nossas vidas. Olho-me no espelho vez em quando e não reconheço a menina, a jovem e a mulher que já fui.

A beleza e a vitalidade da juventude vão se transformando em aprendizado. E isso me confunde às vezes.

Me indago o motivo de não ter tido essa compreensão no passado. Errei muito com mamãe e já fiz esta constatação em meu livro Mosaicos do Tempo.

São reflexões que tenho feito ao longo dos meus dias. A terapia tem me ajudado a entender algumas situações. Preciso sair “da minha zona de conforto”, que é me refugiar em casa.

Não está sendo fácil com as limitações que se agravam a cada dia, não saio mais sozinha quase sempre, mas não posso reclamar.

 Como dizia meu irmão já falecido, “cada um tem uma cruz para carregar” e não posso culpar ninguém por isso. Que venham dias de alegria e mais amenos para todos. E viva a vida!  Bom sábado.

quarta-feira, 8 de março de 2023

Falando das conquistas das mulheres

 

Olívia de Cássia Cerqueira, com informações Da Redação do site do PT (https://pt.org.br/)

 

E hoje seria um daqueles dias em que eu gostava de ir pra rua com as mulheres alagoanas que participavam de movimentos reivindicatórios.

Agora não dá mais, a saúde não me permite, mas daqui emano energias positivas para companheiras e companheiros que lutam por um país melhor.

O 8 de março é uma data para, além de comemorar as conquistas alcançadas, se refletir sobre o aumento da violência, o atraso que passamos nos últimos tempos.

Por outro lado, comemorar a vitória de Lula, acenando com um universo de possibilidades boas para os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.

Nos governos anteriores do PT tivemos avanços como:

2003 – Bolsa Família foi lançado com a determinação de, sempre que possível, colocar o nome da mulher no cartão. Essa simples medida, deu mais independência às mulheres, significando uma verdadeira “revolução feminista” no Brasil.

2005 – A Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) foi transformada em Disque-Denúncia. Em dez anos, atendeu a quase cinco milhões de mulheres.

2006 – Lei Maria da Penha foi aprovada. Por meio dela, até 2015, mais de 300 mil vidas de mulheres foram salvas e 100 mil mandados de prisão contra agressores foram expedidos.

2009 – Minha Casa, Minha Vida foi lançado seguindo a mesma lógica do Bolsa Família: as chaves da casa própria seriam entregues nas mãos da mulher. Elas passaram a ter preferência na assinatura da escritura (89% dos casos) e o imóvel permanece com a mulher em caso de separação.

2011 – Na área da saúde, a Rede Cegonha passou a oferecer atendimento e parto humanizados em todo o Brasil.

2014 – Casa da Mulher Brasileira passou a reunir serviços necessários à interrupção da violência, com atendimento humanizado, inclusive com alojamento temporário e atenção psicossocial. O governo Dilma entregou 2 unidades (DF e MS) e deixou quase prontas, para 2016, outras 6 (BA, CE, MA, PR, SP e RR).

2015 – Lei do Feminicídio transformou o homicídio contra a mulher, quando cometido apenas por ela ser mulher, em crime hediondo, sujeito a penas maiores.

2015 – Lei das Domésticas assegurou direitos trabalhistas, como férias e 13°, para 1,8 milhão de trabalhadoras. Conquista histórica, por enfrentar os efeitos do racismo e da escravidão no país.

2015 – Até aquele ano foram entregues 54 Unidades Móveis de Combate à Violência, duas para cada estado. Em parceria com a Caixa, esse serviço chegou às mulheres ribeirinhas por meio de uma agência-barco.

2015 – O Atendimento especializado para brasileiras que vivem no exterior chegou a 13 países.

2015 – O número de mulheres matriculadas no ensino superior saltou de 2 milhões, em 2002, para 3,7 milhões. Em grande parte apoiadas pelo ProUni e Fies, muitas delas foram as primeiras da família a ter um diploma universitário.

2015 – Os governos Lula e Dilma chegam à marca de 8.664 creches construídas ou com recursos garantidos. A medida permitiu que milhões de mulheres pudessem se qualificar e entrar no mercado de trabalho, pois tinham onde deixar seus filhos com segurança.

2015 – Ao longo dos governo Lula e Dilma, as mulheres do campo também foram assistidas, com iniciativas como a documentação da trabalhadora rural, linhas de crédito Pronaf Mulher e o Programa de Organização Produtiva de Mulheres Rurais.

E o Bolsonaro?

Verdade simples: Bolsonaro nada fez pelas mulheres, e ainda atrapalhou. Repetindo dados que o governo passou a ela, Michelle disse que o ex-capitão sancionou 70 novas leis de proteção às mulheres”.

O dado acabou desmentido logo depois. Levantamento do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o número de leis relacionadas às mulheres são, na verdade 46. E detalhe: nenhuma delas foi criada pelo governo Bolsonaro. O atual presidente só as sancionou.

 Além disso, ele vetou, total ou parcialmente seis leis aprovadas no Congresso, incluindo a que garantiu absorventes gratuitos para mulheres pobres e a que dava um auxílio emergencial em dobro para mães solo. Ainda bem que o Congresso, depois, derrubou seus vetos nesses dois casos.

Semana Santa

Olívia de Cássia Cerqueira (Republicado do  Blog,  com algumas modificações)   Sexta-feira, 29 de abril, é Dia da Paixão de Cristo. ...