Olívia de Cássia Cerqueira
Cada ano que
vai passando sentimos e vemos o tempo passar; rápido como um furacão, e
percebemos que, as metas que planejamos, em sua maioria, não se realizaram.
E sabe de
uma coisa, meu diário, não vou mais criar expectativas. Seja lá o que tiver que
ser. De uma forma ou de outra, não posso impedir que venha o que tiver que vir.
“Há quem tenha medo que o medo acabe”, afirma o escritor moçambicano Mia Couto.
Eu já passei
da idade de fazer grandes planos e projetos. Tenho limitações que me chegam a
cada dia, de uma forma diferente. E me ponho a pensar em quanto tempo da vida
eu perdi.
Perdi parte
da juventude pensando e querendo coisas quase que impossíveis, mas entendo também
que é na juventude que sonhamos os sonhos mais lindos. É na juventude que nos
preparamos para a fase adulta.
A questão
que me vem toda hora é: eu não me preparei, para tal. Não tive grandes
propósitos, não me qualifiquei como deveria ter feito e como eu sonhava que
seria.
Aquela
menina sonhadora, aquela jovem que envelheceu tão rápido, já não se reconhece
nas poucas vezes que se olha no espelho e o resto de tempo que me resta, não
estou podendo aproveitar como deveria.
E quando
essas certezas me chegam a galope, eu tenho receio e peço aos anjos de luz, se
por acaso eu for merecedora, que me deem uma nova chance.
Se existir outra vida, que eu não cometa os mesmos erros que cometi e cometo ao longo dessa minha existência. Boa tarde!
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