sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

O aniversariante esquecido


Olívia de Cássia Cerqueira

 

Pergunte a uma criança de hoje quem é o aniversariante do Natal ela não titubiará e dirá que se trata do velhinho barbudo. O grande homenageado está ficando para trás, substituído pela propaganda ostensiva e pelo consumo exagerado.

Não é que eu não ache bonito quem arruma uma casa com enfeite e tudo. Mas tem gente que exagera nisso e esquece do principal: O amor, em muitos lares, foi substituído pela aquisição de coisas de marca.

”Natal virou ostentação, evocação ao consumo! O aniversariante do mês e as crianças pobres, sem amor, continuam esquecidos”, em sua maioria, servindo, muitas vezes de massa de manobra de agentes públicos.

Segundo Antônio Galdino, em texto publicado na Folha Sertaneja, a data foi criada como oportunidade de reverenciar, adorar e conhecer a verdadeira história do mais importante aniversariante do mês de dezembro, Jesus Cristo, mas não é o que acontece.

“As pessoas têm a excepcional disposição de distorcer os objetivos das coisas e de dar a elas outras finalidades, outros interesses e ainda se utilizam da figura, da imagem do Senhor Jesus para dar brilho e valor aos seus próprios interesses”, diz ele.

Acrescentando que “continua se espalhando pelo mundo a fora a imagem benfazeja do velhinho, gorducho, bonachão, que gira o mundo numa carruagem puxadas por renas voadoras, distribuindo presentes para todas as crianças, como ressaltam as lendas televisivas.

E tem sido assim em todo canto. Os grandes empresários investem pesado nas propagandas e muita gente se deixa levar pela magia de que tudo está maravilhoso. Para se refletir. Boa tarde.

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Palavras da autora

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