Olívia de
Cássia Cerqueira
O ano está
terminando e com ele vamos encerrando um novo ciclo em nossas vidas. Então é
Natal, é tempo de fazer as pazes conosco e com o próximo, de pedir perdão a
quem ofendermos e de desejar boas festas para todos.
Um tempo de
magia, que assim deveria ser durante todo o ano. É em dezembro, mês de
celebração do nascimento de Jesus Cristo, que a gente fica mais saudosa daqueles
que já não estão mais aqui de corpo presente.
Em texto que
escrevi em 2012, e que resgato aqui, nos
pomos a pensar que poderíamos ter sido uma pessoa melhor, mais tolerante e
amorosa e ter desfrutado momentos ainda melhores na companhia dessas pessoas
queridas.
Nessa época
do ano, as cidades se vestem de luzes para celebrar uma das datas mais lindas
da história da humanidade. Os lares e as comunidades se enfeitam e se preparam
para a ceia. É tempo de reflexão e de
união. Tempo de paz. O mundo está precisando dela para que não haja tanto ódio
entre os povos.
Nessa época
do ano, a gente se despoja um pouco do ceticismo e passa a ser mais emotivo,
passa a ter muito mais sentimentos e emoções. Esse espírito de despojamento e
de solidariedade devia acompanhar todo mundo o ano todo.
Desejos de
um mundo sem violências, sem fome, sem misérias, um mundo de solidariedade
entre os povos, de união e paz. Solidariedade deveria ser um sentimento que
envolvesse a humanidade o ano todo. Eu ainda tenho a estranha mania de
acreditar nas pessoas e na vida e avalio que poderemos ser melhores se semeamos
boas sementes.
Na sociedade
de consumo em que vivemos as pessoas já nem se lembram do verdadeiro
significado da data. A simbologia do
Natal está em cada um de nós que realiza um sonho, em cada vida construída, na
solidariedade que a gente pratica e na bondade do coração.
“Papai Noel é um símbolo capitalista e uma
figura desvirtuada do Natal e a Igreja alerta os católicos para essa confusão”,
disse-me em entrevista um religioso, quando eu estava no batente e fazia
matérias nessa época do ano, para a Tribuna Independente.
O padre disse ainda que muita gente anda
esquecendo o principal aniversariante do Natal, que é uma das principais festas
litúrgicas da fé católica.
Pontuou
ainda que no Advento, é preciso que a gente questione e aprofunde a vivência da
pobreza. “Não a pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a
confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus e não dos bens terrenos”.
Segundo
o pároco, os cristãos precisam estar atentos à realidade que os cerca. “A
liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais
cristãos, como a alegria, a esperança, a pobreza, a conversão”.
O
Espírito Santo do Natal é um espírito de sabedoria e de entendimento, espírito
de conselho e de fortaleza, espírito de conhecimento e de temor do Senhor.
“Se
nós temos o verdadeiro espírito do Natal, deveremos partilhá-lo com pobres e
aflitos, e seremos julgados com justiça (Is 11,4). Se tivermos o espírito do
Natal verdadeiro, estamos levando as pessoas a Cristo, que, então, dará a essas
pessoas o seu coração para os pobres e sofredores”, argumenta.
Segundo o padre, o verdadeiro espírito do Natal é o Espírito Santo, “que nos leva a depender totalmente de Jesus Cristo e a fazer justiça aos pobres e oprimidos. O verdadeiro espírito do Natal é o de Jesus, Maria e José, na manjedoura de Belém e em nossos corações”, ensina. Feliz Natal para todos. Bom dia.
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