Olívia de Cássia Cerqueira
Acertei o
ponto do café: nem muito quente, nem frio. Bastaram duas colheres de pó, para
meia garrafa de água. Ficou delicioso, amo café, embora tenha diminuído
bastante, depois da aposentadoria.
Penso que
nem sempre acerto o ponto. É como a nossa vida, nem sempre chegamos ao ideal. Mas até que ponto somos controlados por nosso inconsciente?
Li em algum
lugar, que “às vezes, quando me pergunto por que fiz determinada escolha,
percebo que, na verdade, eu não sei”. Nos alegramos por termos feito o certo, o
que era para fazer.
“Quando começamos a analisar a base de nossas
escolhas de vida, sejam elas importantes ou bastante triviais, podemos chegar à
conclusão de que não fazemos muita ideia”, escreve Magda Osman da BBC Future
(The Conversation)*
Do
contrário, nos arrependemos e ficamos martelando aquilo e nos perturbamos com
isso. Não vale a pena quando isso acontece, porque só traz aborrecimentos.
E quando temos
uma situação que não podemos intervir de vez,: apenas com paliativos? Mesmo
assim o faço. Uso o que é oferecido aqui no Brasil, como paliativo.
Faço
fisioterapia, fonoaudiologia, vou a neurologista, psicóloga, quando é possível
e alguns poucos exercícios físicos que ainda são possíveis para evitar tentar
retardar a evolução que me colocará em uma cadeira de rodas até que paralise
todo meu corpo e eu venha a óbito.
Espero não chegar ate esse final degradante. Tomo alguns
remédios para os sintomas de outros males, como ansiedade, muitas cãibras,
dores e outros.
Tem horas que me interrogo se vale a pena tudo isso, mas procuro ser um pouco otimista e levar o resto dos meus dias com humor e rindo das minha própria sorte, quando levo quedas. Chamo um monte de palavrão e depois peço perdão a Deus e agradeço pelo livramento de não ter quebrado nem um osso até agora. Bom dia.
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