sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Dois de fevereiro

 


Olivia de Cássia Cerqueira

 

Hoje é dia do maior evento de turismo religioso da cidade de União dos Palmares: a festa da Padroeira da cidade. Quando eu era adolescente e jovem não perdia um dia de festa, era um acontecimento.

Meu pai, que era devoto da santa, também comparecia ao evento, até o dia que ficou impossibilitado, devido ao agravamento da Ataxia. Tinha promessa com ela, por ter ficado curado de uma tuberculose nos ossos e ter sido desenganado pelos médicos, de Maceió e Recife.

Era o dia mais esperado do evento apesar de que que eram nove noites, de novena e festa que começava com a procissão a bandeira, no dia 23 de janeiro. No entanto, oficialmente, a data é 22 de julho dedicado a orações para os devotos e pedidos para que ela interceda na vida de todos nós.

Antigamente, na Terra de Jorge de Lima e de Zumbi, os festejos dedicados à santa eram realizados em julho,  mas o evento foi transferido para janeiro\fevereiro por conta do período chuvoso no município.

Os festejos, para os católicos, iniciam com a procissão do mastro, no segundo domingo de janeiro, que reúne mais de 20 mil pessoas, numa demonstração de fé e homenagem a nossa padroeira.

No local da concentração, na Rua Juvenal Mendonça, muita gente se aglomera e aproveita para se confraternizar e rever os amigos que moram fora da cidade.

Ciclistas, cavaleiros e amazonas, motos, carroças, pessoas a pé acompanham a procissão. Fé e religiosidade, um sentimento em cada rosto que com a sua obrigação de religioso, paga penitências e promessas. Pessoas aproveitam para registrar a procissão, com celulares, máquinas e filmadoras.

Era tempo dos encontros, dos telegramas, das paqueras. Isso na década de 1970. O evento foi se modernizando, ao longo anos. E Hoje em dia, tudo mudou, para pior, cuja programação, acontece na  beira do rio Mundaú, na Rua do Jatobá, desagradando muita gente.

QUEM FOI

 

segundo relatos dos especialistas na biografia de Madalena, era uma mulher que tinha uma visão à frente do seu tempo. Durante séculos a igreja ocultou a importância desta mulher, chamando-a de prostituta e ainda hoje tem machistas, misóginos que assim o faz.

Conta a história que Santa Maria Madalena foi primeira testemunha da Ressurreição de Jesus.  Chamada de apóstola dos apóstolos, nomeada por São Tomás de Aquino, “o nome deriva de Magdala, onde nasceu, na aldeia de pescadores situada às margens ocidentais do Lago de Tiberíades”

Viva Matia Madalena. Que ela  proteja a todos nós e interceda junto ao Pai, pela nossa saúde.

 

Um comentário:

Zejane Cardoso disse...

Excelente crônica! Ainda bem que vivenciamos a Festa antiga. Esse ano fui a festa e total decepção: só música de Igreja e quase ninguém. Dizem que foi o Bispo que determinou. No entanto , a população aceitou sem questionar.

Palavras da autora

Olivia de Cássia Cerqueira   Pela primeira vez me arrisco na “ficção”. É este “Antes que seja tarde” o meu quinto livro, que espero não ...