quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Mundo louco


Olivia de Cássia Cerqueira

 Jornalista aposentada


Do alto das minhas limitações e já na velhice, penso que a guerra nunca foi solução para nada. Quem recebe todos os ônus são pessoas inocentes, civis e crianças.

Impossível não se indignar com tanta violência. Vejo essa guerra com tristeza profunda. Embora estejamos distantes, penso nos brasileiros e nos que são nativos. Num monte de gente morrendo, bebês inocentes. É muita crueldade.

Eu não consigo viver serena diante de tudo isso. Sempre busquei um mundo que seja bom para viver, não costumo desejar mal a ninguém, pois o mal por si se destrói.

Sonho com um mundo em que a gente não possa ter medo, medo de ter medo. O tempo da escravidão e da ditadura já passou. Precisamos nos indignar diante das injustiças.

O ser humano é um bicho esquisito e contraditório. Busca a paz fazendo guerras, desde o começo do mundo, quando poderia conviver pacificamente com seus semelhantes.

Desde muito, algumas situações históricas do começo da humanidade levaram a algumas guerras, mas nos dias de hoje não entendo como se gastar tanto tempo ainda com guerras, quando o que a gente busca é a paz.

O ser humano ainda pensa que a força bruta e a violência são o que determina o nível de superioridade entre os seres. Esquecem que quanto mais inteligente, mais superior seremos, sem querer ser simplória e ingênua.

Desde que o mundo é mundo, como dizia a minha mãe, a humanidade se embrenha em contendas, seja por um pedaço de terra, por questões religiosas, políticas ou para ter poder, impor supremacia ou salvaguardar interesses materiais ou ideológicos.

Estão matando em nome de Deus.  Um Ser que para eles é violento, vingativo. Para alguns cientistas, a guerra faz parte da natureza humana e teriam atingido até mesmo o ancestral comum entre humanos e chimpanzés.

Mas seja lá a explicação que se dê a isso, o certo é que a gente poderia plantar em nossos corações gotas de paz, todos os dias, em nossa família e no nosso convívio com nossos semelhantes, lembrando que ninguém é obrigado a pensar da mesma forma que nós e para isso existe o respeito às opiniões contrárias. Pelo fim das guerras, por um mundo de paz. Bom dia.

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Palavras da autora

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