Olívia de Cássia Cerqueira
Já está no prelo meu terceiro livro Cheiro de Memórias, que tem a Edição e revisão da jornalista e amiga Fátima Almeida.
O livro é uma
compilação de meus textos que foram
publicados na página de Opinião da Tribuna Independente, até 2015, quando saí
de benefício por motivos de saúde e republicados em meu blog, que ano passado completou dez anos na atual plataforma, mas que não teve festa
comemorativa, por conta da pandemia do coronavírus.
Cheiro de Memórias é dedicado a todos aqueles que lutam por
um mundo melhor e por justiça social e por oportuno posso dizer que este não
tem nenhuma pretensão maior.
Posso concordar que em alguns capítulos há uma semelhança com
Mosaicos do Tempo, meu primeiro livro impresso em gráfica, lançado em 3 em
agosto de 2018, no Museu da Imagem e do Som (Misa), em Maceió, e em 23 de
agosto do mesmo ano, em União dos Palmares, por meio de um financiamento
coletivo de campanha, feito por iniciativa dos amigos Odilon Rios e Ana Cláudia
Laurindo.
Percebo que nos meus escritos tenho uma verve mais memorialista, não fossem alguns relatos do cotidiano ou avaliações políticas. Agora, aposentada por invalidez ou incapacidade permanente, tenho meu blog como espaço para os desabafos opinativos e também as redes sociais: Facebook, Instagram e Twitter, agora publicados em forma de livro.
Não pense o leitor que eu tenha alguma pretensão maior com
minhas publicações; estes textos podem ser definidos como um diário de bordo de
uma sexagenária, dando asas à sua imaginação.
Posso dizer que minhas memórias afetivas ficaram lá atrás,
nas brincadeiras da infância, na saudosa Rua da Ponte, no pé da Serra da
Barriga, ou nas aventuras da juventude, na terra natal, a Terra da Liberdade.
Minhas raízes são de lá.
Nasci na Rua da Ponte, de onde veio esse jeito meio
atabalhoado, estranho para algumas pessoas, mas sempre com força de lutar pela
vida. A força de Zumbi e de Dandara está no nosso sangue.
Embora Cheiro de Memórias não verse sobre minhas peripécias
em União dos Palmares, trago-a sempre na
memória e no coração. União é terra que tem histórias para se contar,
personagens interessantes e intensos. De dona Irineia Nunes a nosso poeta
maior, Jorge de Lima, que é estudado e conhecido lá fora, mas pouco se fala
nele, no município, da mesma forma que
Povina Cavalcanti, que dá nome ao terminal rodoviário da cidade.
Da professora e educadora Olympia, à professora Salomé Barros,
entre outros personagens mais populares que permearam a imaginação e as ruas da
cidade e que fizeram a história do local e mereciam destaque. Arrisco-me a
dizer que a cultura palmarina está na UTI e urge que seja resgatada.
Mas esse texto era pra falar do meu terceiro livro e espero que gostem.
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