Olivia de Cassia Cerqueira
Literalmente
passei uma semana com “dor de cotovelo”, caí e machuquei o danado dessa parte
do corpo, do lado esquerdo. Felizmente foi leve a avaria e já sarou.
Caí da cadeira
de rodas, levantei e caí de novo, machucando o lado direito, acima da perna
direita, resultando em hematoma apenas. Costumo sentar ali para assistir.
Bato sempre
com a cabeça no chão, perdi um “pouquinho” da audição esquerda, devido às quedas,
mas nada grave. Digo sempre que os parafusos estão todos soltos e agradeço
todos os dias não me machucar seriamente.
E parafraseando
aquela música, um cotovelo ralado, dói “bem menos que um coração partido”.
O relógio do
quarto de cima, que não durmo mais lá, parou às quinze para as três, o da
cozinha também parou às seis e meia, ficando na parede sem serventia, mas aqui
a realidade é bem outra.
O tempo não
estaciona, me alertando todos os dias para o que poderá acontecer. Faço
exercícios quase sempre, com receio de atrofiar de vez. Fisioterapia,
fonoterapia, psicóloga, neurologista.
Além disso, leio
muito, faço Palavras Cruzadas, vejo séries e novelas, procuro preencher meu
tempo e não me sinto só. Já não escrevo com firmeza, a digitação está ficando
lenta e cheia de problema. A Ataxia não perdoa, mas vou lutado.
Meus pets são meus filhos de quatro patas e
quando dá vou ao shopping, mas para qualquer canto só posso ir acompanhada. Sigo
em frente lutando e pedindo proteção aos anjos de luz para não depender dos
outros para as pequenas tarefas diárias. Fé e saúde para todos. Bom dia.
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