sexta-feira, 10 de maio de 2024

Dor de cotovelo

 


Olivia de Cassia Cerqueira

Literalmente passei uma semana com “dor de cotovelo”, caí e machuquei o danado dessa parte do corpo, do lado esquerdo. Felizmente foi leve a avaria e já sarou.

Caí da cadeira de rodas, levantei e caí de novo, machucando o lado direito, acima da perna direita, resultando em hematoma apenas. Costumo sentar ali para assistir.

Bato sempre com a cabeça no chão, perdi um “pouquinho” da audição esquerda, devido às quedas, mas nada grave. Digo sempre que os parafusos estão todos soltos e agradeço todos os dias não me machucar seriamente.

E parafraseando aquela música, um cotovelo ralado, dói “bem menos que um coração partido”.

O relógio do quarto de cima, que não durmo mais lá, parou às quinze para as três, o da cozinha também parou às seis e meia, ficando na parede sem serventia, mas aqui a realidade é bem outra.

O tempo não estaciona, me alertando todos os dias para o que poderá acontecer. Faço exercícios quase sempre, com receio de atrofiar de vez. Fisioterapia, fonoterapia, psicóloga, neurologista.

Além disso, leio muito, faço Palavras Cruzadas, vejo séries e novelas, procuro preencher meu tempo e não me sinto só. Já não escrevo com firmeza, a digitação está ficando lenta e cheia de problema. A Ataxia não perdoa, mas vou lutado.

 Meus pets são meus filhos de quatro patas e quando dá vou ao shopping, mas para qualquer canto só posso ir acompanhada. Sigo em frente lutando e pedindo proteção aos anjos de luz para não depender dos outros para as pequenas tarefas diárias. Fé e saúde para todos. Bom dia.

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Palavras da autora

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