Chove por aqui.
Dentro de casa o barulho é quebrado pelos
latidos de Juca, querendo a Malala que está no cio. A máquina de lavar silenciou,
indicando que terminou a lavagem da roupa. É hora de estender os panos.
Já não
consigo utilizar o teclado do computador, com a velocidade de antes. A Ataxia
está minando aos poucos as minhas capacidades, com sintomas vários a cada dia,
levando a minha coordenação e minhas
feições de antes.
Me olho no
espelho e quase não reconheço mais a menina que fui. A velhice e a herança neurológica,
estão levando isso também. Espero que não me levem a consciência e a minha
capacidade de pensar.
Os bem-te-vis
cantam alegre lá fora e os saguins assoviam, entoando uma canção que só eles
entendem. Sem muito o que fazer, ou melhor, com leituras para adiantar, um
monte de palavras cruzadas para fazer e filmes para ver no Netiflix, deu
vontade de escrever após o almoço.
Se não
fossem os dias tumultuados que o país está vivendo, com quase 600 mil mortes,
que poderiam ter sido minimizadas se as vacinas não tivessem chegado com retardo;
se não fosse o desgoverno desse incompetente que está no poder com sua corja,
eu diria que estou em paz comigo mesma.
Mas eu não
consigo ficar calada com tanto despreparo, incompetência e maldades, indignação
qu exponho todos os dias nas redes sociais que são as únicas ferramentas que
disponho, para escrever sobre o desgaste disso tudo que está posto. E não me
venham destratar quem pensa o contrário e quem ainda defende o verme.
Vou seguindo
com o meu protesto, já que não tenho condições de ir pras ruas, pelos motivos
que todos sabem. Sigo perseguindo um mundo melhor e mais justo e por uma sociedade
mais igualitária. Até logo!..
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