Olívia de Cássia Cerqueira
Um evento
que faz parte do turismo religioso do local, faz parar a cidade, para assistir
ou acompanhar o evento. Este ano, o pé de eucalipto doado por um fazendeiro da
cidade possui 20 metros e foi erguido em frente à Igreja Matriz.
O momento do
erguimento do mastro é uma emoção à parte. E eu ficava com frio na barriga,
porque segundo a lenda na cidade, se o mastro cair o ano não será próspero. Lendas
a parte, a festa não teve a divulgação merecida.
Uma pauta que avalio como importante para os moradores locais. Seria as mudanças que os padres e a Comissão Organizadora efetuaram na festa, segundo informações de moradores do local.
Me perdoem
quem aprovou a transferência das atrações musicais principais para a Rua do
Jatobá. NJa praça, apenas o estilo Gospel.
É certo que
a parte acústica ficava a desejar, devido o volume muito alto e a colocação do
excesso de mesas na praça Basiliano Sarmento, dificultando os transeuntes que
costumavam se confraternizar com os amigos, visitantes de outros estados, ou
não.
Todo ano, antes
das dificuldades de locomoção se acentuarem, eu estava lá, registrando o
evento. Rever os amigos da infância ou outros era uma felicidade.
Além da
demonstração da fé, muitos empregos são criados nessa época, movimentando a
economia local. A festa cresceu, se agigantou e os brinquedos, que antes ficavam
armados ao lado da igreja matriz foram colocados, com o passar dos anos, na Avenida Monsenhor Clóvis e no pátio da
antiga Estação Ferroviária.
A atual
logística do evento lembra um pouco de como era na nossa lembrança da infância
distante, mas está muito longe de ser como era. Eram nove noites de muita
movimentação.
A festa de
Santa Maria Madalena não tem mais aquele romantismo de antes, o correio
sentimental (os telegramas), que eram atração no evento e eram lidos por seu
Maurino Veras e equipe.
Tenho
saudade daquele tempo de ingenuidade e alegria, quando a gente se
confraternizava com os amigos, sem violência. Também as músicas que eram
tocadas na festa vinham do serviço de alto falantes Palmares, igualmente de
Maurino Veras, pai da minha amiga de infância Rosemary Veras.
As mesas da
festa não eram tantas e não tinha esse viés comercial dos últimos anos, antes
da pandemiaa, quando se colocava na praça quase 500 unidades.
Outras
cidades do interior de Alagoas também celebram suas padroeiras nessa época do
ano, mas festejar Santa Maria Madalena é lembrar do seu poder perante os
católicos e aqueles que têm fé.
É lembrar da
nossa infância, adolescência e juventude, quando vivíamos nossos melhores
momentos. Que Santa Maria Madalena proteja todos palmarinos de todo o mal. Viva
Santa Maria Madalena.
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