Por Olivia de Cássia
A gente vai
se adaptando às necessidades que os dias vão exigindo e de uma maneira ou de
outra temos que aceitar com resignação ou lutar com todas as nossas forças,
para continuar vivendo e persistir na luta diária; mesmo que às vezes, em algum
momento a gente fique duvidando da nossa capacidade de seguir em frente.
Me reporto à
adolescência, quando acreditava que podia tudo e que não poderia viver sem
determinadas atitudes ou situações. As festas e encontros eram indispensáveis.
Acreditávamos que não podíamos viver sem aqueles eventos.
Mas a vida
vai nos ensinando que nada é para sempre ou que nem tudo é como pensávamos ser
e temos que acreditar que podemos continuar a viver, que as situações vão
mudando de importância, se acomodando e que podemos ser felizes de outra
maneira.
Ai de nós se
não fosse essa capacidade de ter resiliência; de nos adaptarmos a outra maneira
de vida, com outra rotina. São desafios que vamos enfrentando a cada dia; às
vezes pela falta de maturidade ou entendimento da vida.
Fui muito
intransigente quando jovem, complicada e depressiva na adolescência; cheia de
inseguranças e de traumas e acreditava que era muito infeliz, mas aprendi com
os tropeços que não somos donos da verdade e que não existe verdade absoluta.
Há outro
mundo lá fora e que a vida é linda, apesar de às vezes ser dura e cheia de
lições a dar. Sempre há outra vertente; o outro lado da moeda. O autor William
Rezende disse que devemos simplificar os pensamentos.
Não é que eu
acredite em algumas lendas urbanas, mas avalio que devemos ser persistentes,
sim, naquilo que acreditamos, em sonhos reais e palpáveis. E aqueles que vão se
diluindo com o tempo e as vivências nos servem de lembranças com o passar dos
anos, para acalentar e servir como quimeras.
E Rezende
prossegue observando que o tempo voa, fatos ocorrem e que aquela pessoa que a
gente tanto tinha apreço e que era parte de nós se vai na velocidade de um
trovão.
“Isso pode
parecer triste e depressivo mais sempre tem o outro lado da moeda aonde se
conhece alguma ou algumas pessoas que nos faz olhar pra trás e pensar: aqueles
tempos eram bons mais sem sombra de dúvida os atuais são melhores”, observa.
É essa
certeza ou entendimento que nos faz acreditar que podemos ser melhores e que a
vida continua, de uma forma ou de outra. Que todos tenham dias melhores e
entendam que vale a pena acreditar que valeu a pena chegar até aqui. Que Deus
esteja sempre presente nas nossas vidas.
(Publicado em 17 de janeiro de 2017, no site Tribunahoje.com)
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