terça-feira, 1 de junho de 2021

Resiliência

 


Por Olivia de Cássia

A gente vai se adaptando às necessidades que os dias vão exigindo e de uma maneira ou de outra temos que aceitar com resignação ou lutar com todas as nossas forças, para continuar vivendo e persistir na luta diária; mesmo que às vezes, em algum momento a gente fique duvidando da nossa capacidade de seguir em frente.

Me reporto à adolescência, quando acreditava que podia tudo e que não poderia viver sem determinadas atitudes ou situações. As festas e encontros eram indispensáveis. Acreditávamos que não podíamos viver sem aqueles eventos.

Mas a vida vai nos ensinando que nada é para sempre ou que nem tudo é como pensávamos ser e temos que acreditar que podemos continuar a viver, que as situações vão mudando de importância, se acomodando e que podemos ser felizes de outra maneira.

Ai de nós se não fosse essa capacidade de ter resiliência; de nos adaptarmos a outra maneira de vida, com outra rotina. São desafios que vamos enfrentando a cada dia; às vezes pela falta de maturidade ou entendimento da vida.

Fui muito intransigente quando jovem, complicada e depressiva na adolescência; cheia de inseguranças e de traumas e acreditava que era muito infeliz, mas aprendi com os tropeços que não somos donos da verdade e que não existe verdade absoluta.

Há outro mundo lá fora e que a vida é linda, apesar de às vezes ser dura e cheia de lições a dar. Sempre há outra vertente; o outro lado da moeda. O autor William Rezende disse que devemos simplificar os pensamentos.

 “Tenha foco, mantendo os objetivos que te motivam vivos e acesos, como uma chama que mesmo através de uma chuva não se apaga, acredite e viverás faças e conseguiras”, disse ele.

Não é que eu acredite em algumas lendas urbanas, mas avalio que devemos ser persistentes, sim, naquilo que acreditamos, em sonhos reais e palpáveis. E aqueles que vão se diluindo com o tempo e as vivências nos servem de lembranças com o passar dos anos, para acalentar e servir como quimeras.

E Rezende prossegue observando que o tempo voa, fatos ocorrem e que aquela pessoa que a gente tanto tinha apreço e que era parte de nós se vai na velocidade de um trovão.

“Isso pode parecer triste e depressivo mais sempre tem o outro lado da moeda aonde se conhece alguma ou algumas pessoas que nos faz olhar pra trás e pensar: aqueles tempos eram bons mais sem sombra de dúvida os atuais são melhores”, observa.

É essa certeza ou entendimento que nos faz acreditar que podemos ser melhores e que a vida continua, de uma forma ou de outra. Que todos tenham dias melhores e entendam que vale a pena acreditar que valeu a pena chegar até aqui. Que Deus esteja sempre presente nas nossas vidas.

 

(Publicado em 17 de janeiro de 2017, no site Tribunahoje.com)

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