Olívia de Cássia Cerqueira
O tempo está oscilando entre chuva e a teimosia do sol
querendo sair. Em tempo de isolamento
social, pessoas têm se valido da tecnologia para trabalhar lazer ou para
fomentar debates em canais criados nas redes sociais.
Impossível acompanhar todo mundo que faz esse tipo de
comunicação, essa forma moderna de expressão que oferece facilidade e oportunidade de a gente debater
temas de cunho social e que facilitam melhorando nossas vidas nesse tempo de
pandemia.
Tento me manter atualizada
e participar de alguns debates a
respeito de pautas que sempre defendi como feminismo, questões das mulheres em geral, dos
pretos e dos direitos humanos e dos menos
favorecidos.
O mundo mudou, todos nós mudamos ou pelo menos deveria ser
assim, acompanhando a roda viva da vida.
Amanheceu e o tempo fechou. Gosto de sol, mas também de chuva. Ela alivia o
tempo, floresce as plantações, beneficia a agricultura.
Procuro estar ativa, para não me tornar uma velha ranzinza, reclamona e
caquética. Estou sempre me mirando, para não incomodar humores. Os dos outros e
os meus.
A Ataxia vai podando aos poucos minha coordenação e outras
partes do meu corpo. Minhas limitações aumentam a cada dia e procuro não me
incomodar tanto com isso, viver cada dia como se fosse o último.
O que escrevo no caderno (eu ainda recorro a ele, de vez em
quando), nem sei como consigo entender o raciocínio depois, quando vou digitar
o texto para colocar no blog. Minha agilidade no computador, que antes era
admirável, agora não é a mesma. Minha
coordenação e equilíbrio estão a cada dia mais comprometidos.
Hoje acordei mais tonta (literalmente). As crises de
labirintite associada ao meu problema
têm sido uma constante e ‘engrossam o caldo’.
Mudando um pouco de tema, estou divulgando meu novo livro Palavras sem nexo, de poesias,(nas redes
sociais. Dia 31 desse mês, participarei de uma live no Instagram. Até aqui
vendi alguns exemplares, mas as intenções
de compra são animadoras, não só do atual, mas do primeiro também. Não fiz
festa de lançamento por conta da pandemia.
Deito no sofá na esperança
de passar a tontura. Os filhos de quatro patas me rodeiam, me fazem companhia e
deitam no meu colo pedindo carinho. Adianto a leitura de um dos
clássicos da minha coleção que ainda não tinha lido, pois têm muitos na fila.
Sinto-me mais aliviada agora, pois coloquei no papel algumas
inquietações . Em meio a essa crise mundial, no Brasil a situação é mais
agravante. Agradeço todo dia pela vida que tenho agora, apesar da saúde frágil.
A fisioterapia voltou, só que de forma on-line, não é a
mesma coisa e mesmo assim vamos tocando
a situação até que tudo passe. Vai passar!
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